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É impossível controlar tudo ao nosso redor.


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Vivemos tempos frenéticos. Tudo acontece a um ritmo muito mais rápido que a nossa capacidade de assimilar. É por isso que não é estranho que uma das ilusões recorrentes seja precisamente a de querer controlar tudo. No fundo há um desejo de pisar em terreno sólido, para sentir que temos o leme da nossa própria vida.

O problema é que nem sempre percebemos que controlar tudo é uma ilusão. Um propósito irrealizável que, quando esquecido, dá lugar a uma série de comportamentos mal sucedidos que só atraem a ansiedade. Nós nos descobrimos constantemente perdendo o controle, e isso nos frustra.

O preço do controle é a eterna vigilância. E esse estado de atenção tenso e preocupado causa um enorme desgaste emocional. Uma vida assim engessada também pode ficar cinza e monótona, e se tornar um grande convite à depressão e ao desânimo.

Tudo está em movimento e existem centenas de fatores além do nosso controle. O que está vivo muda constantemente. Hoje avistamos um caminho e amanhã outro. A única coisa da qual temos certeza absoluta é a morte. A vida, por outro lado, se desenrola entre incertezas e fluxos inesperados.

Aprendendo a perceber a nós mesmos, sem julgar, sem pensar, mas simplesmente nos contemplando… Sem querer controlar tudo, mas permitindo que as coisas fluam, tanto interna quanto externamente. Esse é o caminho que nos leva de volta a experimentar a vida de uma maneira mais genuína. Sem apreensões.

Existe o momento de assumir responsabilidades, planejar, organizar e realizar. Mas que também pode haver outros para soltar as rédeas, relaxar, criar e aprender com o que se apresenta. E que é saudável ter essa possibilidade bem presente e viva nas nossas escolhas e decisões. Deixe acontecer – pelo menos de vez em quando, claro.

 
 
 

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